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SINDICATO DOS TÉCNICOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO NO ESTADO DE SÃO PAULO


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02/04/2018

Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve. Empregabilidade na categoria dos TSTs


Caros amigos e amigas Técnicos e Técnicas de Segurança do Trabalho, que são os leitores de nosso meio de comunicação o jornal Primeiro Passo, nesta edição estamos abordando um tema de muita importância para a nossa categoria em nível nacional. Conforme informações obtidas Ministério do Trabalho e Emprego, pudemos fazer uma análise da conjuntura atual de nossa categoria com ênfase na empregabilidade.

 

Sabemos que a profissão de Técnico de Segurança começou com a denominação de Inspetor de Segurança do Trabalho, nos anos de 1972 através de uma política de governo e depois foi mudada a nomenclatura para Supervisor de Segurança do Trabalho e, posteriormente, Técnico de Segurança do Trabalho, o qual permanece até hoje. No ano de 1978, com o advento da criação das 28 normas regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho foram definitivamente estabelecidas as regras de Segurança e Saúde que envolve o profissional TST. Nós sabemos que, na ótica de gestão, para aqueles que não sabem para onde ir, qualquer caminho serve. Vamos explicar.

 

A nossa categoria, depois de 40 anos, vem a se apropriar de uma base de dados importantes que pode nortear nosso destino estratégico. Através de informações da Rais/Caged pudemos traçar um perfil importante de dados sobre a nossa categoria, que iremos mencionar a frente. Interessante saber que entre o ano de 1972 - quando iniciamos a nossa profissão, até o ano de 1998 - éramos num total de 75.964 profissionais; e de 1999 a 2017, o número de profissionais aumentou para mais 291.676 profissionais, totalizando no ano de 2017 uma grande massa de profissionais, perfazendo um volume de 431.005, número este bastante vultoso em relação aos anos 72/98. Vale informar que em 2016, através de informações da Rais/Caged, tínhamos com vínculos empregatícios/CLT um total de 105.563 profissionais em todo o país, sendo que somente em nosso estado, de São Paulo, registrava 99.467 Técnicos de Segurança do Trabalho, sendo que destes 27.417 eram empregados/registrados. Podemos observar que uma grande massa de profissionais do estado de São Paulo ficou sem emprego formal neste ano. Outra informação importante, dados estes de nossa Federação Nacional dos TSTs é que o salário médio nacional chegou, em 2016, ao valor de R$ 2.607,00, sendo que em nosso estado a média salarial foi de R$ 3.498,00, com um piso de categoria convencionada com as Federações dos Empregadores no valor de R$ 3.307,13 em 2017. Com estes dados já podemos prever que para o ano de 2018 as coisas podem ficar um pouco mais complicadas em termo de empregabilidade do profissional TST, por causa principalmente desta reforma trabalhista que, sem dúvida nenhuma, irá retirar muitos trabalhadores da formalidade, ou seja, muitos se transformarão em PJ (Pessoa Jurídica), outros trabalharão de forma intermitente, outros não terão condições técnicas de conseguir empregos e muitos outros deixarão de exercer a profissão migrando para outra atividade.

 

Cabe a nós uma grande reflexão, sobre a qual já mencionamos acima que: Para quem não sabe paranonde ir, qualquer caminho serve», mas, infelizmente, estes que não sabem para onde querem ir, são aqueles que ficarão afastados das atividades; e temos os demais que positivamente têm em mente o caminho certo a trilhar, ou seja, “sabem com certeza para onde ir”. Estes, afirmamos, estarão dentro das estatísticas de empregados neste ano, o que promete muitas surpresas para a classe trabalhadora. Trabalhadores que acharem que não necessitam de suas lideranças para conquistarem melhores condições de trabalho, com toda a nossa certeza, amanhã irão dizer: “éramos felizes e não sabíamos”.

 

Vamos aguardar, o tempo nos dirá a verdade dos fatos, somente esperamos que não venhamos a perder tudo, porque depois a reconquista se tornará mais trabalhosa e dolorosa.

 

Somente a união dos trabalhadores é que derrotará o retrocesso.



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